quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Câmara aprova, em 2º turno, isenção de impostos para CD e DVD nacional


      A Câmara dos Deputados aprovou em 2º turno, por 393 votos a 6, a chamada "PEC da Música", que isenta de impostos a produção de CDs e DVDs com obras de artistas brasileiros.
     De acordo com o relator do projeto, deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), a redução no preço final de CDs e DVDs pode chegar a 25%.
     A proposta, que agora segue para votação no Senado, prevê imunidade de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Pordutos Industrializados (IPI) às produções musicais brasileiras em todo o pais. A  isenção não inclui a etapa de replicação, que é quando as obras gravadas são copiadas para o suporte físico.
     Artistas de todo o país, entre eles as cantoras Fafá de Belém e Sandra de Sá, estiveram na Câmara para pressionar pela aprovação. No salão que dá acesso aos corredores das comissões, uma banda nacional cantou a música "Que país é esse?", de Renato Russo.
     Para Fafá de Belém, a PEC da Música vai incentivar novos talentos da música brasileira."Essa é a hora de dar ao artista a possibilidade de mostrar seu trabalho em condições decentes. Vai incentivar novos criadores, que poderão fazer o seu primeiro CD, o primeiro DVD", afirmou.
     A cantora prometeu fazer um show de graça na Esplanada dos Ministérios para agradecer pela aprovação da proposta. "Todos nós, uns 20 artistas, faremos um show para agradecer o povo brasileiro", contou.

     A cantora Sandrá de Sá também comemorou a aprovação da proposta e disse que a isenção de impostos ajudará a reduzir a pirataria. "Os CDs hoje são muito caros, dificulta o acesso, remete à pirataria. Com essa lei, finalmente o povo vai poder ter música em casa, vão ressurgir as logas de discos", afirmou.
      Para ela, baratear os CDs "é levar cultura às casas brasileiras". "Eu sempre digo que o Brasil é o melhor povo do mundo. Só falta cultura e educação."
     Amazonas
     Deputados da bancada do Amazonas criticaram a PEC da Música. Como a Zona Franca de Manaus já conta com as isenções, os parlamentares amazonenses avaliam que a extensão do benefício para as demais regiões do país irá enfraquecer a atividade no estado.
     Segundo o deputado, Pauderney Tomaz Avelino (DEM-AM), a proposta poderá provocar a perda de 7 mil empregos no Amazonas. Ele também descorda dos cálculos do relator da proposta na Câmara e estima que a redução do valor final dos CDs será de apenas 7%.
     "Eu quero ver essa redução ser repassada aos consumidores. Isso será embolsado pela indústria musical. O mais caro não é a produção dos CDs e DVDs, é o direito autoral, o marketing", afirmo

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