DA SÉRIE: VULTOS DO MEU CAMINHO XXXVI
Mal se fechou o rodeio
E já no primeiro momento
Se destacou um TOURO FUMAÇA
Que atropelava até o vento!
Era um zebú da canela fina
Que a gente duvida que existe
Sempre de cabeça erguida
Bufando e berrando triste.
Mas atacando o sinuelo
Num petiçito alazão
Estava um guri de dez anos
Que era filho do patrão.
Piázito criado solto
No galpão feito um xirú
Tinha uma estranha atração
Por esse touro zebú...
O touro saiu bufando
No meio da cachorrada
Dando coie e atropelando
Direito o fundo da invernada.
O grizito deu de rédeas
Pois gostava do serviço
Mas quando viu o touro estava
Já na cola do petiço!
Não deu tempo pra mais nada
Foi uma cornada só
E ficou o guri e o petiço
Tapado de sangue e pó!
Antes de morrer o gujri
Disse ao pai vendo a desgraça:
"NÃO QUERO QUE VOCES MATEM
O TOURO ZEBÚ FUMAÇA..."
Dali levaram em dois laços
Pra mangueira o dito touro
Para no dia seguinte
Venderem pro matadouro!
Na mangueira em frente as casas
Aonde se dava o velório
O touro zebú berrava
No mais tristonho ofertório...
Parecia arrependido
E na canga desse pecado
Ele berrava tristemente
Como chamando o finado...
Que noite triste parceiro
Enquanto velavam o defunto
O touro zebú berrava
E a cuscada uivava junto!
Até a lua lá no céu
Com uma tristeza que berra
Iluminava mais o touro
Que as outras coisas da terra...
Quase de manhã calmou
O berro igual um trovão
E ficou o silencio esperneando
No velório do galpão...
Quando clareou bem o dia
Alguém foi lá na mangueira
E edncontrou o touro morto
No costado da porteira!
SEMPRE QUE PARO RODEIO
ENXERGO O TOURO NA MINHA FRENTE
BABANDO DE "ZOIÓ" VIDRADO
BERRANDO NA TARDE QUENTE
QUE NEM O ANJO DA MORTE
SEMEANDO MEDO NA GENTE...
............................................
* Tema galponeiro de JOÃO SAMPAIO gravado e regravado pelo MANO LIMA.
Este teminha é oferecido ao amigo VILMAR KLEIN FERREIRA que após passar longos anos na PARANAÍBA(sem nunca perder a identidade cultural) voltou ao Rio Grande do Sul.
E já no primeiro momento
Se destacou um TOURO FUMAÇA
Que atropelava até o vento!
Era um zebú da canela fina
Que a gente duvida que existe
Sempre de cabeça erguida
Bufando e berrando triste.
Mas atacando o sinuelo
Num petiçito alazão
Estava um guri de dez anos
Que era filho do patrão.
Piázito criado solto
No galpão feito um xirú
Tinha uma estranha atração
Por esse touro zebú...
O touro saiu bufando
No meio da cachorrada
Dando coie e atropelando
Direito o fundo da invernada.
O grizito deu de rédeas
Pois gostava do serviço
Mas quando viu o touro estava
Já na cola do petiço!
Não deu tempo pra mais nada
Foi uma cornada só
E ficou o guri e o petiço
Tapado de sangue e pó!
Antes de morrer o gujri
Disse ao pai vendo a desgraça:
"NÃO QUERO QUE VOCES MATEM
O TOURO ZEBÚ FUMAÇA..."
Dali levaram em dois laços
Pra mangueira o dito touro
Para no dia seguinte
Venderem pro matadouro!
Na mangueira em frente as casas
Aonde se dava o velório
O touro zebú berrava
No mais tristonho ofertório...
Parecia arrependido
E na canga desse pecado
Ele berrava tristemente
Como chamando o finado...
Que noite triste parceiro
Enquanto velavam o defunto
O touro zebú berrava
E a cuscada uivava junto!
Até a lua lá no céu
Com uma tristeza que berra
Iluminava mais o touro
Que as outras coisas da terra...
Quase de manhã calmou
O berro igual um trovão
E ficou o silencio esperneando
No velório do galpão...
Quando clareou bem o dia
Alguém foi lá na mangueira
E edncontrou o touro morto
No costado da porteira!
SEMPRE QUE PARO RODEIO
ENXERGO O TOURO NA MINHA FRENTE
BABANDO DE "ZOIÓ" VIDRADO
BERRANDO NA TARDE QUENTE
QUE NEM O ANJO DA MORTE
SEMEANDO MEDO NA GENTE...
............................................
* Tema galponeiro de JOÃO SAMPAIO gravado e regravado pelo MANO LIMA.
Este teminha é oferecido ao amigo VILMAR KLEIN FERREIRA que após passar longos anos na PARANAÍBA(sem nunca perder a identidade cultural) voltou ao Rio Grande do Sul.
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