O temário “NOSSAS RIQUEZAS”, para
os Festejos Farroupilhas 2012, foi apresentado e aprovado no 59º Congresso Tradicionalista
Gaúcho, realizado no mês de janeiro deste ano, na cidade de Pelotas.
O Rio Grande do Sul, inicialmente
habitado pelos índios, foi povoado oficialmente a partir de 1737. Todos aqueles
que aqui chegaram, contribuíram para a formação do gaúcho nos deixando um
legado que fazemos questão de vivenciar e preservar.
Estes bravos, vindos de muitos
lugares, trouxeram consigo a determinação e a vocação para o trabalho. Não
encontram riquezas como o ouro e a prata, mas as belezas naturais e as manadas
de gado e cavalos xucros.
As riquezas do nosso estado, além
daquelas da própria natureza, são fruto do trabalho e do espírito empreendedor
da população que se formou pela miscigenação de raças e origens as mais
variadas.
O temário dos Festejos
Farroupilhas deste ano tem a pretensão de poder despertar nas entidades
tradicionalistas, nas escolas e em toda a sociedade o interesse pelo estudo e
pela divulgação das riquezas do Rio Grande do Sul.
Cada município ou cada Região
Tradicionalista poderá selecionar aqueles aspectos que mais o caracterizem.
Isso favorecerá a compreensão da geografia, da história e do potencial econômico
que o uso das “riquezas” possibilita.
Rendemos homenagem à mãe
natureza, pelas maravilhas da nossa paisagem geográfica, e ao povo
sul-rio-grandense pelas riquezas que criou e pela cultura que construiu.
1. FAUNA
Para fins de estudo da fauna, podemos
dividi-la entre animais nativos e animais trazidos de outras partes do mundo.
Assim também podemos classificar os animais em três grandes grupos (sem
preocupação com as classificações científicas): as aves, os peixes e os animais
“terrestres”. Para os Festejos Farroupilhas, sugerimos que cada região do
Estado dê destaque aos animais nativos mais presentes no ambiente natural,
especialmente aquelas espécies que correm risco de extinção.
2.FLORA
Em cada canto um encanto de
beleza da flora rio-grandense, colorida ou verde, rasteira ou de grande porte.
As flores com sua beleza e romantismo, que são simbologias locais, bem como a
flor símbolo do estado; as árvores que produzem frutos ou simplesmente abrigam
e nos dão sombra. A erva mate (Ilex paraguaiensis) quer nos possibilita o
preparo do chimarrão; o Umbu com sua sombra acolhedora; as araucárias
características dos campos de cima de serra; as gramíneas que deram condições à
expansão da pecuária; os angicos, guajuviras e aroeiras com as quais foram
feitos os palanques para os alambrados; as pitangueiras e cerejeiras e seus
frutos maravilhosos. .
3.ÁGUA
A rede de drenagem compreende
rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os
rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são
razoavelmente aproveitados para a navegação. A água que mata a sede, que irriga
as plantações, que possibilita a navegação, que serve de habitat aos peixes, é
a mesma que forma cascatas, que move moinhos e turbinas das usinas hidrelétricas.
Podemos destacar as águas doces internas (rios, lagos, córregos, vertentes)
como podemos destacar a água salgada do mar que banha a nossa costa.
4. A AGRICULTURA
Os nativos plantavam e produziam
alimentos (feijão, aipim, batatas, milho). Os açorianos trouxeram o trigo, os
imigrantes as videiras e as hortaliças. O trabalho, geralmente anônimo,
transformou nosso Estado num dos maiores produtores de grãos do País. A
agricultura fornece a maior parte dos alimentos consumidos pela população. Destacar
essa atividade, estudar a história da produção agrícola, relembrar os primeiros
instrumentos de trabalho e sua evolução, será uma tarefa, alem de prazerosa,
também uma forma de homenagem aos homens e mulheres que chamamos “colonos”.
Cada município ou cada região destacará e valorizará os produtos mais importantes,
desde as hortaliças até a soja, passando pela maçã, pelos cítricos, pelo milho
ou pelas bananeiras.
5. A INDÚSTRIA
Com a chegada dos imigrantes
alemães (e o incremento dos imigrantes italianos, pouco mais tarde) surgem as
indústrias familiares que foram crescendo e favorecendo o desenvolvimento
industrial marcante no Rio Grande do Sul. As indústrias coureiro-calçadista,
metalúrgica, moveleira, química, cerâmica, do vestuário, etc. serão destacadas
segundo o que melhor representar essa riqueza para o município. Podemos
destacar a evolução, seja tecnológica, seja de processos de produção,
valorizando o trabalho do homem e sua engenhosidade.
6. O COMÉRCIO
As trocas ou a comercialização de
produtos, a atividade marcante dos mascates, as primeiras casas de comércio, os
armazéns, bem como as formas históricas de pagamento merecem ser estudadas. O
comércio interno e externo (exportação), como fator produtor de riqueza.
Percorrer o caminho entre os primeiros comércios de “secos e molhados” até o
comércio realizado pela internet, será um exercício de valorização da nossa
história e da nossa gente.
7. A PRODUÇÃO DE ENERGIA
Fator fundamental para o
desenvolvimento das sociedades. A produção energética, representada pelas
hidrelétricas, termelétricas (o carvão), parques eólicos, além da transformação
do petróleo em combustível, é uma das nossas riquezas. A energia que ilumina
nossas casas e ruas, que permite o funcionamento das indústrias, que traz confortos
ao homem é a mesma que garante o funcionamento dos hospitais e o transporte moderno.
8. EXTRATIVISMO
A atividade de extração de
riqueza, especialmente do subsolo, mesmo que não tenha sido uma atividade econômica
fundamental do nosso Estado, merece ser valorizada e destacada. O carvão que
move as termelétricas, a areia como elemento fundamental da construção civil,
as pedras preciosas ou semipreciosas ou a argila com que são produzidas telhas
e tijolos, o calcário utilizado na agricultura, são, atualmente, riquezas
importantes. Cada região identificará os produtos que mais caracterizem a
atividade extrativa e poderá destacar os cuidados a preservação e recuperação
das áreas nas quais essa atividade é desenvolvida.
9. CULTURA
O valor da cultura para a sociedade
gaúcha, pode não ser monetário, mas tem grande importância para a fixação da
identidade regional. Valorizar a cultura típica, manifestada pelas mais
variadas formas (música, dança, literatura, usos e costumes, indumentária,
etc.) é uma forma de fortalecer o caráter espiritual e a auto-estima da sociedade.
Sob o ponto de vista econômico, a cultura tem sido importante para o
desenvolvimento do turismo, especialmente o interno (observa-se o caso dos
rodeios). Festividades, como os Festejos Farroupilhas, baseados na cultura e na
história regionais, tem sido importantes e movimentam um volume significativo
de recursos.
Odila
Paese Savaris
Pedagoga
– Conselheira do MTG-RS
REGULAMENTO DA CANÇÃO TEMA
SEMANA FARROUPILHA 2012
Promoção: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA
FUNDAÇÃO INSTITUTO GAÚCHO DE TRADIÇÃO E FOLCLORE
A escolha da canção oficial da Semana Farroupilha de 2012
será feita mediante concurso;
Poderão participar compositores de todo o Brasil e as
canções deverão ter como tema principal: “NOSSAS RIQUEZAS”
As canções inscritas deverão enfocar o Tema da Semana
Farroupilha, servindo de fio condutor do desfile temático;
As canções deverão contemplar ritmos consagrados do
cancioneiro riograndense;
As canções devem ser obrigatoriamente inéditas, compostas
especificamente para ser o tema da Semana Farroupilha de 2012.
As composições deverão ser remetidas em CD, uma composição
por mídia, devidamente identificada, acompanhada de 6 (seis) cópias da letra
digitada em fonte tamanho 12, contendo o nome da composição e o gênero, com a
ficha de inscrição preenchida na sua totalidade.
A inscrição também poderá ser realizada através do e-mail: festivais.igtf@gmail.com (arquivo da
letra em formato .doc (Word) devidamente identificado com nome do(s) autor(es),
ficha de inscrição e arquivo da música em formato mp3 ou WMA;
As inscrições estarão abertas até o dia 31 de maio de 2012;
Serão aceitas as inscrições realizadas via correio, desde
que postadas até data-limite de 31/05/2012;
O material de inscrição poderá ser entregue no IGTF – Av
Borges de Medeiros, 1501 sala 10 – térreo - CEP 90119-900 em Porto Alegre;
(compositores não residentes na capital poderão enviar suas composições pelo correio
para esse endereço);
Uma comissão avaliadora, indicada pela Comissão Estadual da
Semana Farroupilha e coordenada pelo IGTF, terá a atribuição de escolher, entre
as canções inscritas, aquela que será a música tema oficial das comemorações farroupilhas
em 2012;
O (s) compositor (es) cuja canção for escolhida desde já
autoriza(m) a Comissão Estadual da Semana Farroupilha a utilizá-la durante todo
o evento, sendo que na premiação já está incluso o pagamento dos direitos autorais
previstos em lei;
A premiação para a canção escolhida será de R$ 3.000,00 (três
mil reais).
A Comissão Avaliadora divulgará a música vencedora do
concurso até o dia 15/06/2012, pelos sites do IGTF e da Semana Farroupilha, bem
como nos meios de comunicação;
A premiação da Música Tema ocorrerá após o encerramento da
Semana Farroupilha, juntamente com a entrega de prêmios do Desfile Temático e
do Acampamento Farroupilha.
Baixe a ficha de inscrição:
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